sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Pissing in the mainstream

Fui ao melhor venue de sempre com a minha menina. Stubnitz. Um barco alemão da 2ª grande guerra agora ancorado do outro lado de Amesterdão com as melhores condições para concertos. Lá fomos ver, depois de apanharmos um ferry boat à pala perdidos no porto da cidade, os concertos do belga Ignatz e dos japoneses LSD March que têm na sua formação o engenheiro de som dos nossos bem queridos OSHIRIPENPENZ a quem mandei um abraço. O flyer era bem engraçado já que era o desenho do disco de OSHIRIPENPENZ, coisa que me fez não faltar a este concerto. Durante os concertos arrepiamo-nos por sentirmos o nível de underground a que chegamos e o nosso próximo passo só pode ser enterrar no cavalo.


Na noite anterior foi a noite da vida da Diana. Fomos ao electrão/technão e aqui é ainda mais hardcore no que toca a homossexualidade. Travestis à la Hercules & Love Affair incluídos.

Amesterdão é ainda melhor quando a tenho por cá.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Ranchos


Aqui também há disto!

Ghost Mice

Ontem fui ver Ghost Mice, http://www.myspace.com/ghostmice, a uma rua toda ela de Squats. O concerto foi no meio da rua ao início da tarde. Havia barraquinhas de comida vegan, livros anarquistas e discos muito velhos. Havia ainda barraquinhas para os miudos brincarem ao monopoly gigante e afins. Ghost Mice foi óptimo. É a banda mais feliz que conheço e se alguém transmite uma mensagem positiva são eles. Depois ainda havia mais bandas a tocar na rua mas fui ter com as minhas boas visitas que me deixaram 2 almofadas extra e 1 cinzeiro para enfeitar a casa.



Foi mesmo óptimo para curar a ressaca da noite anterior à Fábio Louco. Festa de indie rock com muito pouco pessoal do indie mas mesmo assim muito rock n roll. Suado, cheio de cerveja entornada, braços no ar, malhos de bicicleta, tudo! As companheiras de guerra Marge e Rukshan estão nas fotos.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Aventuras e desventuras

Pois é. Os últimos dias têm sido repletos de aventuras e mais aventuras. Conhecer gente nova de todos os países e pedalar até não aguentar mais com uma lata de cerveja de meio litro na mão e cigarro na outra. É verdade. Sair à noite de bicicleta é mesmo divertido. Como começar por descrever os meus últimos dias?

Na quarta feira depois de ir a uma squat ver uma banda straight edge da Macedónia e falar com os Macedónios sobre o movimento sxe e descobrir que na Macedónia só existem 4 sxe's e são eles os 4 e ainda ficar espantado como é que pessoal da Macedónia conhece bandas da tugália vim para casa e quando cheguei a casa descobri que estavam os nossos caros Moulinex, Xinobi e Cpt. Luvlace no Studio 80, que mais tarde vim a descobrir que era uma discoteca gay friendly. Pois é...e Fábio aventureiro lá ligou ao Xinobi e muito obrigado a ele pela entrada à pala e lá fui eu sozinho dar uma de tuga no maximal. Chegado lá deparo-me que mais de metade do público é gay e fui abordado e apalpado umas boas vezes. Mas aguentei o tempo todo com umas conversas agradáveis com o Bruno e o Luís quando não estavam a meter música. Devo dizer que a disco estava à pinha e que os gays daqui dançam bem mais que os de lá. Loucura total.

Depois tive uma noite de sexta-feira completamente à Fábio enterro da gata. Conheci mil pessoas, dancei, fiz o pino, entornei copos de cerveja no chão, rebolei no palco, andei com um alemão às cavalitas e acabei a beber cerveja até às 6 da manhã com o Mark, outro alemão muito porreiro que conheci, num bar totalmente "pirata" em que se bate à porta para entrar e é o único sítio onde se pode fumar dentro (calculo que aquilo de licenças não tenha mesmo nada).

No sábado tive a minha maior aventura de sempre desde que cá estou. Fui com o Tiago (outro tuga), Polly (inglesa), o Mark, Arda (holandesa), Karen (italiana) e outro gajo que não me lembro do nome para uma festa totalmente underground de drum n bass. Nojo de música mas valeu a pena pelo sítio e pela aventura. No total andamos 20 kms de bicicleta, já bêbedos, só para estar numa festa debaixo duma ponte sobre um dos principais canais que liga Amsterdam a Utrecht. Que baita aventura. Caí 2 vezes de bicicleta e ainda me dói o rabo das quedas e tenho uma negra numa nádega...Na festa havia só uma carrinha de hippies a vender cerveja horrivel e quente de 0,5 L por 1,5 € mas que remédio...lá foram umas boas cervejas que bebi para aguentar com o dnb. Definitivamente odeio dnb.

Entretanto, esta vida não é só festa e estou a adorar as aulas. Aprendo cenas bem interessantes e gosto dos trabalhos que tenho. A casa está limpa e já tenho mais pratos e talheres. Amsterdam é uma cidade que não pára e todos os dias encontro sítios novos e bons. Estou mesmo feliz de ter feito esta escolha.
Amanhã é dia de bola e por isso vou-me aventurar a ir ao G.D. Os Lusitanos para ver o meu grande Sporting a jogar com mais tugas pra beber umas sagres ou super bocks e agora vou arranjar a minha bicicleta...que é o melhor meio de transporte do mundo.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Squats

Cada dia que passa sinto-me mais apaixonado por esta cidade. Impressionante. O movimento de squats é incrivel. Já conheço mais de 5 e cada vez que entro numa fico ainda mais fascinado. A noite passada estive numa squat em que tinha um dance floor incrível cheio de gente a dançar música à la 7 magníficos. 70's, 80's, rock rock rock. Incrível. Esta cidade vai-me surpreendendo cada vez mais. O único mal é que as squats têm de acabar as actividades cedo mas conhece-se sempre imensas pessoas, e desta vez conheci um grupo de 10 pessoas que mal se conheciam entre si e estivemos até às 6 da manhã a explorar Amesterdão de bar em bar de bicicleta. Foi muito bom e estou apaixonado por esta cidade.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Albert Heijn

Um gajo engraçado a engraçar sobre o meu supermercado daqui da zona...

domingo, 7 de setembro de 2008

Cotonetes

É difícil encontrar cotonetes nesta terra. Quem me ligar não se admire se eu não ouvir nada.

Vida agitada

Uma semana depois já começo a ter vida social. Na quarta armei-me em burro e comprei um bilhete para Meshuggah e eu odeio Meshuggah. Foi horrivelmente enfadonho mas deu para suportar mas...ver concertos aqui é difícil, eles são gigantes! Lá conheci um turco, um austríaco e uma alemã. Todos sozinhos no concerto e juntamo-nos para umas cervejas no final. Foi porreiro saber que um turco de sapato de vela, camisa, óculos e cabelo lambido consegue fazer headbang demoníaco ao som de Meshuggah, proporcionando umas valentes gargalhadas às gajas gigantes da cena que o observavam ao longe. O austríaco só falava do metal camp de não sei de onde e só o imaginava a cantar à volta de uma fogueira êxitos do metal com os amigos e a beber leitinho. A alemã era saída de um american road movie qualquer. Ganga woman. Heavy metal is the law.

Quinta-feira tive a minha primeira visita aqui em casa. Inesperada mas foi porreiro. Acabei por ir com o João ter com a Sandra holandesa e fomos a uma squat ver umas bandas austríacas de fast/grindcore. Desde já a squat era um luxo. Limpa, condições de som e de luz e CERVEJA BARATA. 1,20€...aqui é barata. Bebeu-se uns copos, conversou-se e ouviu-se barulho. Já meio bebido conheci uns punks gregos de Salonika a quem cantei a PAOKara (obrigado Fuças) e eles adoraram-me logo. Eu e o João acabamos a noite a gozar muito com um porque ele disse que dormiu no Parque Eduardo VII uma vez...pobre rapaz.

Depois de uma sexta-feira passada em casa da irmã recebi aqui Pedrinhos, Marianas, Leandros e um amigo americano deles que passei o dia a chamar Nate e afinal era Dale. Umas voltas pedradas com os pedrinhos sempre a comerem bolos. Umas prostitutas baratas e outras mais bonitas mas também baratas. Mais bolinhos e chocolatinhos. E muito kilómetro nas pernas. Acabamos o dia de rastos com eles a voltarem para Antuérpia (bananas) e eu a ir para Haia para ver o concerto do ano, The Locust, sem antes passar pelo Grupo Desportivo e Recreativo Os Lusitanos de Amesterdão para ver a nossa seleção. Mas que tasco. Parece o Nogueirense mas com ainda mais trolhas!
The Locust foi num festival com mais umas boas bandas que fiquei a gostar como os Knalpot e os Katadreufe num edifício enorme no 6º andar com vista para a cidade de Haia e com comboios a passar a toda a hora. The Locust teve uma gaja em mamas, muita cerveja entornada, porrada e uma alegre mistura entre grind, punk, rock e techno por isso foi único. Ainda conheci o JP de Locust que me deu um sticker da banda e um francês simpático que me deu um 7'' de uma banda engraçada chamada Michel Platinium. Vim para casa cheio de brindes. À chegada de madrugada a Amesterdão ainda tinha bicicleta na estação (uma sorte não me roubarem) e pedalei pelo Red Light District a uma velocidade incrível.

sábado, 6 de setembro de 2008

The Locust

Sim, vi The Locust e vocês não!

Melhor banda do mundo.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Número 1

1 garfo
1 faca
1 colher grande
1 colher pequena
1 faca para cozinhar
1 prato normal
1 prato de sopa
1 copo
1 caneca

É o meu inventário. Sozinho no mundo.

Tirando isto tenho uma vista nocturna parecida com a de Manhattan. Prédios gigantes cheios de luz mesmo pela minha janela. Num só dia passei de New Amsterdamer a New Yorker.

Amesterdão

Cheguei a Amesterdão.

Depois de uma espera longa mas agradável para receber as chaves de casa, onde fiz um amigo austríaco que vai viver num barco!!! e me ofereceram café, lá cheguei a casa finalmente. A primeira impressão foi óptima e parece-me ter um bom cantinho para Fabiolosar. Pela primeira vez na minha vida tenho um micro-ondas. Aquilo é um bicho para mim. Não sei usar!!!

Depois de assentar em casa fui na minha primeira aventura em supermercados holandeses...acho que não me safei mal. Só me perdi na secção de queijos, fiambres e manteigas...há de todo o género e feitio e nunca sabia o que queria. Também não encontrei sabonete para as mãos por isso não posso lavá-las depois de coçar o rabo aqui em casa.

Entretanto fui à Faculdade de Ciências e encontrei-me com a minha orientadora. Senhora jovem simpática que até me arranjou um cabo de rede para o portátil.

Agora é hora de começar a explorar A cidade.